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ROSEBUD O SEGREDO DE KANE


O segredo de Charles Foster Kane



 O que falar de um filme como Cidadão Kane? Dizer que ele é bom ou fantástico já se        tornou um clichê; porque um filme que hoje em dia pode ser considerado um marco e           pioneiro no cinema, na época de sua estreia foi bastante criticado por sair dos padrões atuais (coisas essas que acontecem até hoje em dia). Então prefiro falar que Cidadão Kane é um filme diferenciado e a frente do seu tempo.
O que o fez tão impactante foram às inovações tanto no modo como a historia é contada quanto na historia em si, por que na década de quarenta, em meio a tantos filmes em que os protagonistas são galãs, surge um personagem egocêntrico, sujo, egoísta e vários outros adjetivos tanto negativos quanto positivos. Mas eu o consideraria um personagem profundo. A direção artística é impressionante e jogo de sombras é executado esplendidamente.
Além de ser o primeiro filme que é contado de maneira não linear, através de flashbacks que vão construindo ao longo do filme toda essa profundidade tanto do protagonista quanto dos outros personagens que viveram com ele ao longo dos anos, ele nos mostra personagens com uma grande profundidade, nem bons nem maus.
O filme começa com uma cena sinistra onde aparece um bizarro castelo com uma placa de afaste-se, depois somos aproximados desse castelo onde há um velho segurando um globo de neve, ele fala a palavra “Rosebud” (palavra essa que eu nunca mais vou esquecer na minha vida) então ele joga o objeto no chão e morre, este velho é nada mais nada menos que Charles Foster Kane, o protagonista do filme.
Depois somos levados a um documentário que mostra a vida dele, um homem que teve uma vida que muitas pessoas desejariam, possuiu um grande império no jornal, quase se tornou presidente, e construiu o seu próprio palácio. Mas viu tudo isso desmoronar como um castelo de cartas e se tornou um velho solitário num castelo sinistro que morreu sozinho no seu palácio. Porém o chefe do jornal achou o documentário muito superficial e pede para que o repórter investigue mais profundo sobre a vida do grande magnata, o mandando procurar o segredo da última palavra que ele falou “Rosebud”. É aí que surge a maior beleza desse filme, é como se ele dissesse para o público “Ey preste atenção nada aqui é aleatório você vai ter que se lembrar de cada parte do filme”.
E então começa essa jornada pela vida de Charles Foster Kane e a sua última palavra, o repórter procura investigar todos aqueles que viveram com Kane e através de pesquisas e entrevistas são usados os flashbacks para mostrar toda a vida dele desde que ele deixou de ser o humilde garoto para ser um dos maiores nomes na historia dos estados unidos.
  A obra segue a ideia do chefe do jornal, mostrar um personagem humano e não um ícone do jornalismo. Ao longo da historia você acompanha a vida dele deixando de ser um mar de rosas e se tornando uma grande decepção. Kane é egocêntrico, orgulhoso e muitas vezes e segue fortemente seus ideais.
No final o repórter não consegue encontrar o significado da palavra Rosebud e diz que ela era uma peça do quebra cabeça que nunca seria encontrada já que ele só a falou duas vezes na sua vida inteira, a primeira quando a sua segunda mulher o deixou e a segunda a beira da morte.
Significado de rosebud: No final é mostrado que a palavra rosebud estava no trenó que ele ganhara quando era criança do seu tutor quando foi morar com ele, e o fato dele ter falado essa palavra ambas as vezes que estava com o globo de neve na mão, representava o dia em que ele deixou de ser o humilde Charles o menino que brincava alegremente com o seu trenó mesmo sendo filho de pais pobres e se tornou o grande Charles Foster Kane o grande herdeiro milionário de uma mina de ouro, o momento em que ele se tornou a pessoa que mais detestava. A verdade sobre Charles Foster Kane é que ele odiava a sua vida e rumo que ela tomou e que acima de tudo odiava o homem que se tornou.




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